Nasci em Palmeira das Missões, mas vim para Santa Rosa com quatro anos de idade. Desde então, acompanhei minha mãe em alguns trabalhos voluntários. Na época não entendia muito e não gostava de ela sempre priorizar os clubes de mães (pertencia a dois: clube de mães da APAE e clube de mães Cantinho da Amizade). No Lar do Idoso, entidade pela qual nutro um enorme carinho, minha mãe foi voluntária por mais de 20 anos. Lá iniciei o meu voluntariado, ocasião em que aprendi a redigir atas: fui secretária por quatro anos. Fui funcionária do Estado por seis anos, no SINE, na década de oitenta. Casei em 1980 com Jacob Luciano Gaueri. Quando nasceu o segundo filho, optei em ficar em casa para educá-los e acompanhá-los no dia-a-dia. Tive muita sorte em ter tido essa oportunidade de vê-los crescer, pois a recompensa veio na realização deles. Leandro é formado em Administração e Direito. Luciano é Juiz de Direito. Lessandra é Advogada, com Mestrado em Direito pela PUC. Com o passar do tempo, me formei em dois Cursos Superiores: Artes Plásticas e Serviço Social. O primeiro, de Artes, na Fundação Educacional Machado de Assis, cursei porque estava vendo que as coisas do mundo aconteciam muito rápido e eu não podia ficar "sem estudar". O curso é apaixonante e abriu vários olhares dentro das Artes. Nessa época, fui voluntária da ACISAP e na APAE, onde ensinei arte para os que lá frequentavam. O segundo, na UNIJUÍ, ocasião em que - mesmo no estágio realizado junto ao Lar do Idoso, vi a importância do trabalho voluntário e da força da comunidade.
Os trabalhos voluntários só aumentavam: dei aulas na APAE de Tuparendi, realizei um lindo trabalho no Posto de Saúde do centro, com pessoas com transtornos mentais e por várias vezes fui chamada pelo Secretário de Cultura para colaborar em atividades do município. Tive uma breve participação na ONG Parceiros Voluntários.
Fiz parte da Casa da Amizade, ocasião em que a entidade local ganhou o Troféu Rosa de Prata, maior premiação de reconhecimento das Casas da Amizade do Brasil, com o projeto Arte na Rua. Nessa época estava presidente da Casa e coordenava o projeto, que teve início com o Patronato Agrícola, depois juntou- se a nós as meninas do Casf da Vila Nova. Com a conclusão do projeto, procurei o então prefeito Orlando Desconsi para colocar os mosaicos em algum lugar da cidade. Ele ofereceu a Praça da Independência que ia ser reestruturada e também nos postes de luz que iam da rotatória DeMolay até metade da avenida Expedicionário Weber. Os mosaicos ainda continuam na Praça, mas os da avenida foram retirados em razão da necessidade de troca dos postes. Há três anos fui convidada a fazer parte da diretoria da ACISAP, quando lancei o projeto de biblioteca nas paradas de ônibus, que foi realizado pela entidade. Outros projetos que merecem destaque podem ser vistos na Casa Paroquial de Três de Maio e na Igreja Católica de Giruá, quando realizamos parceria a convite do Pe. Edegar de Matos. Participei da Diretoria do Musicanto, realizei obras e escultura alusivas à temática musical e hoje, um pouco mais leve no trabalho social e mais dedicada à família, auxilio, como posso, a APROMES. Enfim, o trabalho voluntário sempre fez e faz parte da minha vida e hoje eu entendo o porque da minha mãe ter se dedicado ao voluntariado. Se é gratificante a quem é ajudado, é muito mais para quem ajuda. É como aquela música: “fica sempre, um pouco de perfume...nas mãos que oferecem rosas, nas mãos que sabem ser generosas”.
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